Minhas marés

                                                                                                     por Glaucineide Rodrigues


Gosto de tocar, com as mãos, as palavras escritas; assim, sinto-as em mim.
Sempre me encontro na palavra MAR. Apenas três letras e nunca consigo tocá-las por completo. A espuma acaricia os meus dedos curtos e eu me perco neste carinho...
Dia de sol, à beira mar, “duas meninas pisavam o chão, a superfície da água azulada. Contemplo-as, ainda hoje, no meu tempo de areia lavada pelas marés”.