Duas mulheres em vestes floridas e esvoaçantes fitavam o horizonte do mar da Barra, em Salvador (Bahia - Brasil). Era uma tarde bucólica de maio, partilhada entre amigos poetas. O vento marítimo trançava os cabelos das jovens enquanto o sol iluminava suas presenças.
Assim, diante de tal aparição, como não lembrar de Rubem Braga e do seu olhar arguto e sensível em “Ao crepúsculo, a mulher...”, crônica escrita num dia de abril do ano de 1956, enquanto contemplava o entardecer, do mar em uma mulher.
Como não nos envolver por esse encanto que o destino assentiu em reescrever sob e sobre o fraseado “Ela e o mar entardeciam”, do mestre Braga.
Pedindo licença ao poeta da crônica, eis, pois, a nossa verve. Elas Entardeciam nos conduz, em palavras e imagens, até o horizonte de seu sentimento.

Emiliana Carvalho